|Texto de Mabel Monfil|

Duas mulheres peruanas, duas caras da mesma moeda. Isidora Sulaspisqui, cholita de 75 anos, nos conta sua vida de camponesa na serra andina, sempre falando em quechua.

É uma mulher rude e forte, que embora resignada com sua dura vida, tem esperança de um futuro melhor para seus filhos e netos. Certamente essa esperança a fez voltar por Ollanta Humala.

Gloria Sanchez, uma jovem professora, fala do choque cultural dos alunos de grau secundário que chegam falando quechua e encontram professores que só falam castellano, e do preconceito de alguns pais que, negando suas origens, preferem que os filhos não falem quechua.

Gloria votou Keiko, com medo de mudanças. As duas são um exemplo da divisão de opiniões muito presente no Perú de hoje.